Havia um pé de manga no meu chão e veio dele o meu nome. Sou hoje de muita fama pelo meu nome, pela minha navalha. Sou Nelson Cavaquinho, aquele de tirar o sorriso do caminho, que eu quero passar com a minha dor, e o calibre 45 da raça dos Zé da Ilha.

Neste conteúdo você terá uma experiência inesquecível revisitando imagens do Rio de Janeiro, da primeira metade dos anos de 1960, entrando numa das mais antigas comunidades do Brasil: a favela da Mangueira. Isso aí, favela. É como eram chamadas as 'comunidades carentes' do Rio de Janeiro antes de um novo entendimento de que sim, são comunidades carentes do olhar do Estado, mas não são 'favelas'. O nome favela, oruindo de uma planta, ficou estigmatizado ao longo dos anos e acabou por estigmatizar e pormenorizar também tudo e todos relativos ao que fosse da favela. A favela foi substituída por uma nomenclatura cientificamente menos pejorativa àqueles que nela residiam, residem, precisando de todo tipo de infraestrutura e investimento dos Governos. 

Convido você a ouvir, através da narrativa do jornalista Ubiratan de Lemos, a história da favela da Mangueira - reduto de sambistas memoráveis, como Cartola, Carlos Cachaça, e Zé da Zilda -, contada pelo genial Nelson Cavaquinho, que não nasceu na comunidade da Mangueira, mas lá fez muitos parceiros e amigos, e virou cria do lugar.

 

Ebook-Pesquisa da jornalista Leonor Bianchi, editora da Revista do Choro.

Fotos raras de dona Zica, esposa do Cartola, Elton Medeiros, Rosinha de Valença, Tom Jobim, Dorival Caymmi e muitos outros músicos.  

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MEU NOME É MANGUEIRA: A HISTÓRIA DE NELSON CAVAQUINHO CONTADA POR ELE MESMO

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Havia um pé de manga no meu chão e veio dele o meu nome. Sou hoje de muita fama pelo meu nome, pela minha navalha. Sou Nelson Cavaquinho, aquele de tirar o sorriso do caminho, que eu quero passar com a minha dor, e o calibre 45 da raça dos Zé da Ilha.

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